terça-feira, 10 de março de 2009

ASSOCIATIVISMO

Vale a pena ler e reflectir


"O associativismo, nas suas múltiplas expressões, e em especial as colectividades de cultura, desporto e recreio, constituem uma poderosa realidade social e cultural. Para muitas centenas de milhares de portugueses, o associativismo constitui a única forma de acesso a actividades desportivas, culturais, recreativas, ou de acção social. Para além disso, é através do exercício do direito de associação por muitos cidadãos que são asseguradas formas de participação cívica da maior relevância.



É inquestionável que as associações promovem a integração social e assumem um papel determinante na promoção da cultura, do desporto, na área social, substituindo a própria intervenção do Estado. Porém, há cada vez maiores dificuldades para levar as pessoas a participar na vida associativa. Trabalhar por “carolice” não é fácil e muitos não querem assumir responsabilidades.



A verdade é que a prática associativa assenta na vontade dos indivíduos, sendo uma emergência social que não pode ser lida fora do seu contexto – a sociedade em que vivemos – porque não se trata de um fenómeno de geração espontânea, releva da vontade de uns tantos que tenazmente se opõem à corrente. E os exemplos são mais que muitos.

Acontece, porém, que como em tudo na vida, há que vencer a resistência à mudança, logo o associativismo requer aprendizagem, treino, interiorizarão de uma postura de partilha, sendo também entendido como uma questão cultural."

Extrato retirado do site da CM-Odemira
Quando a a palavra "associativismo" anda longe do dicionário de muita boa gente, aqui fica o significado para que lhes fique na retina...




4 comentários:

Anónimo disse...

Concordo plenamente com o post.
Como sócio fundador de uma associação em que fui ( e sou) dirigente á muitos anos, sei muito bem o que é resistir contra tudo e contra todos, “engolindo sapos” para não melindrar este ou aquele, enfrentar desistências, resistências e abandonos de elementos dos órgãos sociais, muitas das vezes por meros caprichos ou por motivos menores, outras, misturando politica partidária (um dos maiores cancros das associações, quando ela lá entra). Resumindo resistir e fazer ouvidos moucos, à critica destrutiva.
Mas, e como se diz no post :
‘‘…como em tudo na vida, há que vencer a resistência à mudança, logo o associativismo requer aprendizagem, treino, interiorizarão de uma postura de partilha…´
Não posso estar mais de acordo com esta afirmação, no entanto não há
"treino" que resista quando são sempre os mesmos a remar tentando levar o barco ao seu destino, acabamos por nos cansar, e dizemos chega! Agora venham outros timoneiros! É nessas alturas que nos damos conta que aqueles que nos criticavam, não se mostram disponíveis para partilhar um pouco do seu tempo e do seu saber à “causa”.
Amigos da Cunha Alta, continuem a vencer a resistência e não dêem importância a esses que não querendo responsabilidades gostam de opinar sobre o trabalho altruísta dos outros.
ASM

Anónimo disse...

Concordo com o anónimo no post anterior refere, "...sei muito bem o que é resistir contra tudo e contra todos, engolindo sapos para não melindrar este ou aquele...", é que os maiores osbtáculos que se encontra na vida associativa, é os osbtáculos internos que estão sempre ali ao nosso lado, os que criticam por isto e por aquilo, mas que aquando da hora da verdade mandam moços de recados e não são capazes de dar a cara, de enfrentar as advcersidades que as direcções encontram para levar a bom termo qualquer tipo de projecto, quando lhes é proposto qualquer tipo de responsabilidade numa associação, "eu não tenho jeito para isso", "eu quero lá saber disso", "tu´estás lá bem", "ajudo por fora e faço o que puder, mas na direcção não", "não quero responsabilidades", são os termos mais utilizados por estas pessoas, que vivem na sombra atrás da critica destrutiva...

Anónimo disse...

Li com muita atenção este texto e embora seja uma transcrição deve ajudar-nos a reflectir sobre o movimento associativo e surge num momento temporal, deveras apropriado para esta associação.
Junto aqui também a minha reflexão sobre o tema, consciente que as dificuldades apontadas não são um problema apenas desta associação, não temos culturalmente tradições de associativismo e de voluntariado na nossa região. Não temos dedicação a causas, e em oposição temos um outro defeito muito grande que é criticar quem faz alguma coisa. Por isso há muita gente que tem medo de ser criticado e por isso não se envolve em quaisquer movimentos que possam ter visibilidade.
O Debate de ideias é necessário, a divergência e o confronto de opiniões é salutar. As críticas construtivas são essenciais quando respeitam as pessoas e a instituição. Ofensas e acusações não fundamentadas são desprezíveis. Como da discussão nasce a luz e, muitas vezes, o que se escreve e o que se diz a quente, não traduz exactamente aquilo que queremos dizer, penso que a melhor forma de tirar dúvidas, esclarecer mal entendidos e resolver alguns conflitos é através do confronto directo entre as pessoas.
Há dias, numa conversa de amigos, falávamos de posturas associativas, de formas de estar no associativismo. Porque, pode-se estar no associativismo de várias formas: ou querendo usá-lo, ou querendo servi-lo, ou apenas querendo ser “não associativista”.
O associativismo é uma forma nobre de servir e partilhar valores na comunidade, não há lugar a outra postura, quem pensar o contrário não terá uma tarefa simplificada e nunca poderá ser bem sucedido.
António Cabral

Anónimo disse...

Quer queiramos, ou não o associativismo, é para "servir e não para se servirem"...