Na passagem de mais um aniversário do seu nascimento, o 101º, vimos aqui invocar mais uma vez a grande obra deste artista, natural desta terra mas que cedo procurou novos mundos
Aquando da passagem do centenário do seu nascimento, foi levado a cabo pela A.C.R.S. Cunha Alta uma exposição aonde foi invocada parte da sua grande obra, com a presença de 40 obras cedidas temporariamente por gentes a quem ele doou, e cedeu. Na impossibilidade de apresentar imagens da mesma neste momento, venho aqui fazer a alusão ao dia e ao tema.
A seu tempo irão ser aqui apresentadas, as imagens captadas no evento.
Um obrigado do tamanho do Mundo ao Homem e Artista do Mundo José Maria de Almeida.
8 comentários:
Os dias 4 e 5 de Outubro de 2006 ficam certamente na nossa memória e é já com saudade que recordamos estes dias, a comemoração do centenário de José Maria de Almeida e a exposição de 40 obras exclusivamente do pintor na sede da Junta de Freguesia. Foi das coisas mais bonitas que já se fizeram em Cunha Alta e na Associação. Relembro com gratidão a colaboração excelente de tantas pessoas e entidades. Destaco aqui a equipa que tanto trabalhou na organização e divulgação, foram meses em preparação e noites sem dormir. As pessoas que amavelmente cederam seus quadros do pintor, a maioria destas obras nunca tinha sido expostas ao público contudo os seus proprietários aceitaram a sua exposição porque esta comemoração não lhes era indiferente. Também a colaboração e dedicação pessoal da Drª Anabela Pascoal, não se limitou a fazer qualquer coisa e desligar-se, foram muitas horas de trabalho, dentro de certas limitações fez tudo para conferir dignidade, visibilidade, estética e ordem na exposição.
Ficamos todos à espera das fotos para recordar alguns momentos desta comemoração que nos tocou profundamente a todos, porque foi dirigida a um artista da terra, a um homem simples do povo e a um homem merecedor.
As fotos a seu tempo irão ser publicadas, mas a existência das tais forças de bloqueio, levou a que neste momento não o possam ser.
Mais uma vez, nos orgulhamos, porque foi uma homenagem pura e sem segundas intenções, foram largos meses de organização, não apanhando boleia que quem quer que fosse para organizar uma homenagem a alguém que era digno de tal, muitas das obras expostas eram totalmente desconhecidas para pessoas ligadas ao artista , seu biografo, sua filha, etc,etc... Foi gratificante ouvir da boca de pessoas entendidas na matéria, "...que era uma exposição digna de qualquer grande cidade...", "...estão de parabéns, superaram todas as minhas expectativas...", isto para uma cambada de de pessoas mal formadas e analfabetas era areia a mais, temos pena, saiu bem.
Mais uma vez a Câmara não se dignou a colaborar, já não digo ajudar, como o fez com outras entidades, nem outra coisa era de esperar...
Mas tudo isto nos fortalece, e com toda a certeza que iremos fazer melhor ainda...
Volto ao tema para deixar algumas notas atinentes à comemoração do centenário de José Maria de Almeida.
Tem esta que ver com uma cerimónia simples mas cheia de significado que a Junta de Freguesia promoveu ao colocar uma placa evocativa na casa onde viveu José Maria de Almeida e com o convite a diversas entidades do Concelho e do Distrito e a toda a população da Cunha Alta, para estarem presentes no dia 4 pelas 19 horas, para promover cerimonialmente o seu descerramento ao público.
A importância desta nota prende-se com o facto de se constactar que esta sessão foi acompanhada por diversas pessoas da terra - nem todas estiveram presentes - sem qualquer reserva mental ou emocional e que se juntaram para mostrar o quanto estimavam e admiravam este amigo e conterrâneo que se distinguiu nesta área das artes. Esteve também presente o senhor Governador Civil de Viseu que proferiu algumas palavras alusivas a este acto, esteve ainda presente os representantes da Junta de Freguesia e os representantes da Associação Cultural Recreativa e Social da Cunha Alta.
Foi muito estranho, ou não, constactar que esta homenagem não mereceu qualquer consideração por parte da Câmara Municipal nem pela outra Associação da Cunha Alta, de facto não se fizeram representar. É lamentavel no minimo que haja pessoas - as entidades são compostas por pessoas - que ponham em primeiro lugar interesses, divergencias ou ódios e depois venham arvorar-se em admiradores e amigos do homem e da obra de José Maria de Almeida.
Não serei eu a fazer qualquer julgamento de intenções e atitudes, nem precisarei fazer isso porque tais pessoas ou entidades julgam-se a elas próprias pelas atitudes que tomam.
Termino com uma frase biblica; "O homem colhe aquilo que semeia".
Outra nota digna de realce tem que ver com a atitude do sr. Dr. Arménio Vasconcelos que conhecemos apenas no âmbito desta comemoração.
Este senhor em contacto com C.M.M. foi alertado que havia uma Associação em Cunha Alta que já estava a preparar a comemoração, de facto por ofício e em reunião havida com o Dr. Antonio Silva foi apresentado um programa da comemoração que mereceu elogios e total disponibilidade da C.M.M. em colaborar. Mais tarde o mesmo foi reforçado pelo senhor Presidente da C.M.M., em reunião havida com essa finalidade.O Dr. Arménio contactou-nos para marcar uma reunião e a mesma veio a concretizar-se no edificio da Junta de Freguesia. Nesta reunião o Dr Arménio comunica-nos que pretendia expor obras de vários pintores juntamente com as obras do "nosso" José Maria de Almeida.
Esta intenção foi imediatamente rejeitada por todos os presentes e foi comunicado que a nossa exposição seria apenas com obras de José Maria de Almeida, disponibilizando-se este a ceder algumas obras para o efeito.
Esta tentativa de promover outros pintores à sombra de José Maria de Almeida foi "vista" por todos, desde o Sr. Presidente da Câmara,passando pela filha de J.M.A. até ao Dr. José Maria Carneiro, crítico de arte e detentor de importante colecção de obras de J.M.A. e que em particular nos elogiou por não nos deixarmos influenciar nem corromper no propósito de manter a exposição apenas com obras de José Maria de Almeida.
Como pude constactar, apenas a outra Associação da Cunha Alta não viu esta intenção. Se visitarem o blog "dispersamente" do mês de Julho de 2007, verão algumas fotografias da exposição desta referida Associação onde se vê várias obras, quantas são de José Maria de Almeida? E porque razão só se fala nesta dita Associação?
Há coisas que não se percebem pelo facto de ser muito letrados ou eruditos, precisamos apenas de usar a nossa capacidade mental e ter bom senso.
Correndo embora o risco de ser, mais uma vez, "censurado", aqui me proponho, como autor independente do blogue "dispersamente" a frisar tão somente o seguinte:
1) Participei das Comemorações do Centenário de José Maria de Almeida e, já no decorrer das mesmas, apercebi-me que algo de menos amistoso haveria no relacionamento entre as duas Associações Culturais de Cunha-Alta.
2) Quero esclarecer que nada me move nem a favor nem contra nenhuma delas, até porque não conheço os seus Directores.
3) Questões paralelas ao evento acima referido são-me completamente alheias.
4) Não publiquei qualquer foto da visita à vossa Associação porque não tive ocasião de as tirar pessoalmente. Tive que regressar a Leiria, por motivos familiares, sem vos ter visitado. Lastimo a situação criada, mas não posso aceitar sem reacção ser maltratado/censurado da forma como me estão a fazer.
Pensava eu que o tempo da censura já tinha acabado.
Nesta conformidade, só me limito a declarar-me profundamente desgostoso com a atitude agora tomada pelos donos deste blogue, na medida em que não publicaram o meu singelo comentário anterior e permitiram-se tecer comentários desabonatórios das intenções do "dispersamente".
Pode ser que esta troca de "galhardetes" não passe de um simples mal-entendido. Assim faço votos.
Cumprimentos
António Nunes
Caros amigos
Quero pedir, antes de mais nada, as minhas himildes desculpas pela insinuação precipitada expressa no meu último comentário. S+o agora é que reparei que tinha feito o comentário que eu aformava que não tinha sido publicado, etc etc
Peço-vos imensas desculpas. Estou muito desolado pela precipitação do tom do meu comentário imediatamente antecedente no que concerne à questão de "censuras" e tal. Desculpem lá, se puderem.
Um abraço.
António Nunes
Caro amigo Antonio Nunes, não tem de se desculpar, embora a referência a maltratado/censurado seja de todo excessiva e inadequada neste contexto. A minha intenção foi únicamente dar a conhecer algumas notas no âmbito da Comemoração do pintor José Maria de Almeida, que não são do dominio público. A minha referencia ao blog "dispersamente" de que é autor, é apenas factual, é demonstrativo da situação que coloco na respectiva nota e as perguntas levantadas são pertinentes, aliás uma delas e avançada num comentário ao tema por si proposto, como pode comprovar.
O amigo indica que participou nas comemorações e apercebeu-se de um mau relacionamento. Permita que lhe diga então que deveria ter sido mais cuidadoso. Deveria visitar as duas exposições que apenas distavam entre si algumas centenas de metros. Estranho e lamento que não o tenha feito.
Primeiro porque perdeu a verdadeira exposição exclusivamente de obras do pintor J.M.A., esta certamente lhe daria uma oportunidade, talvez única, de conhecer obras que não são do dominio público. Depois porque tratando-se o senhor de uma pessoa ligada à informação que se quer e deseja independente e conhecedor de duas exposições no mesmo local e sobre o mesmo tema, tenha previligiado uma e desprezado outra. Não concorda que do nosso ponto de vista e embora aceitando os motivos que avançou, tal atitude é no mínimo estranha e incompreensivel para uma pessoa como o senhor?
Volto ao tema para deixar mais uma nota. Esta pretende responder a várias solicitações de pessoas que me questionaram sobre a junção do sobrenome "Cabral" ao nome do pintor José M. Almeida, por parte da outra associação da Cunha Alta.De facto constatou-se que num jornal de Mangualde e numa tarja de autoria dessa associação, estava escrito e nome "José Maria de Almeida Cabral", sendo ainda esta afixada na escola primária de Cunha Alta, sede da dita associação. Aos acima eu digo que pessoalmente fui ao Registo Civil e o nome que consta é apenas José Maria de Almeida, a sua filha, a familia e o seu amigo José Maria Carneiro, foram unanimes em confirmar que não tinha o sobrenome "Cabral", mostrando-se aliás bastante incomodados com esta situação. Elementos dessa associação foram questionados sobre o assunto e responderam que não sabiam explicar qual o motivo.
Pode ser que alguém saiba e possa responder, por mim que tenho "Cabral" no sobrenome de familia nem me importava muito, talvez ainda tivesse alguns laços, mas o que sei e é verdade é que o "nosso" pintor se chamava e assinava José M. Almeida.
Enviar um comentário